Ciência brasileira é tema da principal matéria da prestigiosa Science
por Conceição Lemes
Ter trabalho mencionado ou publicado na Science é o sonho de todo cientista. Pudera. Publicada pela Associação Americana pelo Avanço da Ciência (www.aaas.org), é a mais prestigiosa revista de ciência do mundo, ao lado da Nature , inglesa.
A triagem é rigorosíssima. Os critérios para publicação, científicos, mesmo.
Imaginem ser o tema de uma reportagem de seis páginas. É o supra-sumo.
Pois a edição 331 da Science, que começou a circular nessa tarde, dedica seis páginas à ciência brasileira. É a principal reportagem da edição. Nessa magnitude, é a primeira vez que isso acontece na publicação que já teve como um dos seus editores o Thomas Edison (1847-1931), criador da lâmpada elétrica, do fonógrafo e do projetor de cinema, entre outras invenções.
A reportagem começa e termina por Natal (RN). Mais precisamente no município Macaíba, que sedia o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lilly Safra, mais conhecido como Centro do Cérebro, implantado pelos neurocientistas Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro.
A reportagem destaca também, entre outras, as pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Petrobras e da Amazônia. Sinceramente emocionante. Uma demonstração clara de que:
1) Lá fora, estão de olho no que se faz aqui.
2) É preciso mudar o modo de gestão científica no Brasil.
3) A Universidade de São Paulo, apesar de ter grande produção científica, está perdendo espaço. Nenhuma pesquisa da USP foi destacada. Sinal de alerta de que há algo errado.
4) O que o Brasil está fazendo em termos de ciência tem sentido.
5) A visão do Centro de Natal de que ciência é agente de transformação social convenceu até os gringos, apesar de ela ainda sofrer resistência e bombardeio de setores da academia brasileira.
A propósito, todos os aspectos da Ciência Tropical estão no artigo da Science. Sinal de que ela é o futuro.
Confira você mesmo. Segue a tradução(da capa) do artigo da Science.
Ciência brasileira: de vento em popa
''Uma economia vigorosa e descobertas de petróleo estão impulsionando a pesquisa no Brasil a novas alturas. Mas as lideranças científicas precisam superar um sistema educacional fraco e um histórico de pouco impacto''.
(((Valew, Lulinha!!!)))
sábado, 25 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário