domingo, 27 de março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

SÓ PODE TER MERDA NA CABEÇA....

dubitandum
Gustavo Ioschpe
Economista, especialista em educação “de omnibus dubitandum est”
(duvide de tudo)





Professor não é coitado

O professor brasileiro é um herói. Batalha com afinco contra tudo e todos em prol de uma educação de qualidade em um país que não se importa com o tema, ensinando em salas hiperlotadas de escolas em péssimo estado de conservação. Tem de trabalhar em dois ou três lugares, com uma carga horária exaustiva. Ganha um salário de fome, é constantemente acossado pela indisciplina e desinteresse dos alunos e não conta com o apoio dos pais, da comunidade, do governo e da sociedade em geral.

''Se você tem lido a imprensa brasileira nos últimos vinte anos, provavelmente é assim que você pensa''. Permita-me gerar dúvidas.

Segundo a última Sinopse Estatística do Ensino Superior, em 2005 havia 904.000 alunos matriculados em cursos da área de educação, ou o equivalente a 20% do total de alunos do país. É a área de estudo mais popular, deixando para trás gerenciamento e administração (704.000) e direito (565.000). Ademais, é uma área que só faz crescer: em 2001, eram 653.000 alunos – um aumento de quase 40% em apenas quatro anos.



Professores em formação: ''uma profissão muito procurada no Brasil apesar das queixas''

No mercado profissional, os números do professorado também são mastodônticos. Segundo dados da última Pnad tabulados por Simon Schwartzman, há 2,9 milhões de professores em todo o país. É provavelmente a categoria profissional mais numerosa.

Surge o questionamento: se a carreira de professor é esse inferno que se pinta, por que tantas pessoas optam por ela? Pior: por que esse interesse aumenta ano a ano? Seria uma categoria que atrai masoquistas? Ou desinformados?

A resposta é mais simples: porque a realidade da carreira de professor é bastante diferente da imagem difundida.


"Certamente há muito que melhorar, mas é igualmente certo que o nosso professorado não trabalha em condições infra-estruturais sofríveis. A idéia de um professor acuado pela violência também não se confirma quando contrastada com a frieza dos dados"

A maioria dos professores trabalha em apenas uma escola. Segundo o Perfil dos Professores Brasileiros, ampla pesquisa realizada pela Unesco, 58,5% têm apenas um local de trabalho. Os que fazem dupla jornada são pouco menos de um terço: 32,2%. Só 9%, portanto, trabalham em três escolas ou mais. Sua carga horária também não é das mais massacrantes: 31% trabalham entre uma e vinte horas em sala de aula por semana, 54% ficam entre 21 e quarenta horas e o restante trabalha mais de quarenta horas. Os professores costumam argumentar que seu trabalho se estende para fora da sala de aula, com correção de tarefas, preparação de aulas etc. Nisso, não são diferentes de todos os outros profissionais liberais – qual o médico que não estuda fora do consultório ou o advogado que não pesquisa a legislação nos horários fora do escritório?

O que os representantes da categoria não costumam mencionar são as vantagens da profissão: as férias longas, a estabilidade no emprego e o regime especial de aposentadoria (80% são funcionários públicos) e, sobretudo, a regulamentação frouxa. No estado de São Paulo, 13% dos professores da rede estadual faltam a cada dia, contra 1% daqueles da rede privada. Há um amontoado de proteções jurídicas para que essa ausência não redunde em perda salarial – infelizmente, não conseguimos blindar o aprendizado dos alunos contra as faltas docentes.

Não é correta, também, a idéia de que os professores trabalham em estabelecimentos superlotados. Segundo os dados oficiais, há 27 alunos por turma no ensino fundamental (de 1ª a 8ª série). A relação só sobe nos três anos do ensino médio, para 37 alunos por turma – dentro da normalidade, portanto.

Finalmente, a questão crucial: o salário. Há uma idéia encravada na mente do brasileiro de que professor ganha pouco, uma mixaria. É verdade que o professor brasileiro tem um salário absoluto baixo – o que se explica pelo fato de ele ser brasileiro, não professor. Somos um país pobre, com uma massa salarial baixa. O professor tem um contracheque de valor baixo, assim como médicos, carteiros, bancários, jornalistas e todas as demais categorias profissionais do país, com exceção de congressistas.

Apesar de todos esses dados estarem amplamente disponíveis, perdura a visão de que o professor é um coitado e/ou um herói, fazendo esforços hercúleos para carregar o pobre aluno ladeira acima.


terça-feira, 22 de março de 2011

BREVE NO RS...


Professores fogem
das
escolas estaduais em SP
21/03/2011





“Professor ‘novato’ desiste de aulas na rede estadual”



“Por dia, dois docentes recém-concursados abandonam escolas em São Paulo”

“Principal reclamação é sobre falta de estrutura na rede”

“Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive que ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes…

Não vale a pena passar por isso para ganhar R$ 1.000,00(no RS é R$700,00) por 20 horas na semana''.





Diz Edson Rodrigues da Silva, 31, formado na USP e aprovado ano passado para ensinar matemática na rede estadual, no ABC. (PHA)

A DEMOCRACIA!!!!!









Sempre digo que o sucesso do governo Lula se deveu, acima de tudo, ao nível – muitas vezes abusivo – de cobranças que recebeu. O operário de baixa instrução formal não poderia errar, como ele mesmo disse reiteradas vezes. E, não lhe sendo permitido errar, teve que se superar. Não para não errar, mas para acertar muito mais do que errou, quando não errar fosse impossível.

Na primeira semana do primeiro governo Lula, em 2003, o Brasil amargava inflação de dois dígitos, estava sem reservas internacionais próprias (o que tinha fora emprestado pelos EUA, pelo FMI e pelo Clube de Paris), sofria fuga de capitais havia quatro anos (que se intensificou no último ano do governo FHC), o desemprego vinha em alta (também na casa dos dois dígitos) desde 1999 e tinha deixado de se tornar a oitava para se tornar a 14ª economia do planeta (veio perdendo posições de 1994 a 2002).

A mídia, naquela primeira semana, começou o ataque incessante que promoveria contra ele durante os oito anos seguintes. No mês de janeiro de 2003, quando Lula mal assumira a presidência, escrevi uma carta furiosa ao Estadão protestando contra editorial seu que afirmava que o culpado pela situação calamitosa a que chegava o país naquele ano era o presidente que acabara de tomar posse, pois seu discurso pretérito dera a entender “aos mercados” que ele poderia romper contratos etc.

Não tenho como procurar o editorial, a menos que o jornal me dê acesso aos seus arquivos. Só posso dizer, para quem quiser acreditar, que me lembro claramente de que escrevi a carta em questão, que jamais foi publicada apesar de que este blogueiro, até então, tinha bastante espaço no Estadão, em sua seção de cartas de leitores.

Em 2000, por exemplo, durante a eleição de Marta Suplicy, para não deixar Maluf afundar ainda mais São Paulo o Estadão e todo o resto da grande imprensa paulista finalmente permitiram espaço condizente a alguém favorável ao PT ou à sua candidata a enfrentar o terremoto Maluf, que ameaçava terminar a destruição da capital paulista que começou em 1993, deu continuidade em 1997 e ameaçava postergar no novo século.

Durante a campanha eleitoral que disputaram Marta e Maluf em 2000 – uma disputa renhida que foi vencida só com a união do PSDB com o PT e com o apoio da mídia, pois a parcela ultraconservadora dos paulistanos, mesmo decrescente, ainda era muito ampla –, conseguira o feito inédito de emplacar duas, até três cartas por semana no Fórum dos Leitores, cuja responsável se chamava – e ainda se chama, claro – Anabela Rebelato, mulher de alta cultura, de meia idade e que se comunicava por e-mail com os leitores mais publicados.

Essa foi a única vez em que vi o Estadão dar moleza a um petista.

Já o fracasso do governo Fernando Henrique Cardoso – que fracassou porque entregou o país mergulhado em uma crise sem precedentes que começou nas primeiras semanas de seu segundo mandato, devido à manutenção do câmbio fixo entre 1994 e 1998 – se deveu ao quase irrisório nível de cobrança que recebeu da imprensa.

O Estadão, por exemplo, não aceitou nenhuma das cartas que escrevi sobre o escândalo da compra de votos para a reeleição de FHC, até porque não noticiou quase nada sobre um escândalo que, faça-se justiça, a Folha de São Paulo tornou visível – quando já não podia mais ser ocultado, pois muitos já sabiam o que estava acontecendo. Ainda assim, o Estadão e o resto da mídia se negavam a cobrir o escândalo tucano, o que fez a Folha chegar a ficar isolada nas denúncias.

A mesma coisa aconteceu na CPI da Corrupção, que se tentou ao fim do mandato FHC devido ao escândalo das escutas no BNDES e muito mais, tudo que o engavetador-geral da República, Geraldo Brindeiro, negava-se a permitir que se tornasse o que se tornaria o inquérito sobre o escândalo do mensalão do PT, que só existe porque os procuradores-gerais da República indicados por Lula, à diferença de Brindero, foram pessoas corretas.

O fato é que só a Folha deu algum espaço àquele escândalo, ainda que não tenha sido nem próximo do que deu ao escândalo do mensalão apesar de que os crimes da era FHC eram mais escancarados e fáceis de provar. A CPI da Corrupção foi enterrada por Estadão, Globo, Veja etc. porque, se tivesse ocorrido, muito tucano estaria hoje em cana. Havia muita prova. E como a PGR se omitiu, ficou tudo por isso mesmo.

A questão central do texto, no entanto, não é tudo que você acaba de ler. Apesar da longuíssima digressão – necessária para se entender o contexto desta reflexão –, o regime democrático é o tema que pretendo discutir.

A democracia funciona através de um sistema de pesos e contrapesos que interessa ao conjunto da sociedade independentemente de partidos, corporações ou ideologia. Nenhum governo pode funcionar sem fiscalização. Essa é uma premissa que garante à sociedade a transparência do uso dos recursos que ela provê ao Estado através de seus impostos, que não são nada baratos.

A todo cidadão, portanto, interessa a fiscalização do uso dos recursos públicos e do poder do Estado em si. E essa fiscalização se viabiliza, nas democracias, através de duas instituições, a imprensa e a oposição.

Obviamente que por fiscalização não se entende guerra como a que PSDB, DEM, PPS, Folha, Veja, Globo, Estadão e companhia limitada promoveram contra o governo Lula entre 2003 e 2010. Mas uma fiscalização responsável, serena, discreta, constante e minuciosa, que só pode se transformar em grande assunto diante de situações de extrema gravidade e com vastidão de provas. Até esse momento, do surgimento de provas concretas, a fiscalização deve ser exercida e os possíveis erros investigados, mas com bom senso na divulgação de acusações.

As acusações a um presidente da República como de que praticou assassinato, perversão sexual, alcoolismo ou roubo, por exemplo, não podem se tornar rotina sem a existência de provas muito fortes, que, existindo, certamente provocariam a deposição daquele chefe do Executivo federal. Não existindo tais provas, não se pode travar campanha como a que mídia e oposição travaram contra Lula durante seus oito anos de governo, desde o primeiro mês.

O que se conclui deste texto? Que ao cidadão comum como este blogueiro, aquele cidadão desvinculado de partidos e corporações que só pensa no bem-estar social de todos e no desenvolvimento do país, não interessa fiscalização exagerada ou branda do governo que elegeu, mas fiscalização justa, minuciosa, responsável e constante, pois é assim que funciona a democracia. Era isso.
(EDUGUIM)

domingo, 6 de março de 2011

OS CEGOS DE SUMPAULO...


"NÃO ENXERGO NADA"!!!
Choque de gestão demo-tucano dá nisso: cego morre ao cair nos trilhos do metrô de SP



Estranhamente o jornal Agora, do grupo "Folha de São Paulo" ''engavetou por 11 dias a notícia da morte de um deficiente visual'' que caiu nos trilhos do metrô e foi atropelado por um trem.



O deficiente visual Diógenes Ermelindo, 63 anos, morreu atropelado por um trem do metrô ao cair nos trilhos da estação Santa Cecília, na linha 3-vermelha (Palmeiras-
BarraFunda/Corinthians-Itaquera), às 9h45 do último dia 22. Ele ainda foi socorrido na Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu.



Se o trágico acidente foi no dia 22, por que só noticiar agora? O grupo Folha escondeu? O Metrô escondeu? O governo demo-tucano paulista escondeu?



Segundo o jornal, o Metrô disse apenas que os deficientes são acompanhados nas estações por funcionários ou se movimentam seguindo rota segura e sinalizada por meio de piso tátil.

Segundo o delegado que respondeu pela ocorrência, Ermelindo não teria aguardado a chegada de um funcionário do Metrô para ajudá-lo.

Será que não aguardou, ou desistiu após muita espera? O delegado não pediu as câmaras de segurança? (OADPL)

sexta-feira, 4 de março de 2011

VALEW, PRESIDENTA DILMA!!!









Aprovação a Dilma supera a de Lula em 2003 e 2007


(Eduguim)





Foi pouco divulgado, mas já foi feita a primeira pesquisa sobre a popularidade da presidenta Dilma Rousseff, após os primeiros 45 dias de mandato. Foram feitas mil entrevistas pelo Instituto Análise, do sociólogo Carlos Alberto de Almeida, autor de “A Cabeça do Eleitor”, que versa, inclusive, sobre o efeito das pesquisas de opinião sobre a vontade do eleitorado.

Dilma aparece, nessa pesquisa, com 50% de bom e ótimo. Esse índice supera os índices de aprovação do ex-presidente Lula no limiar tanto do primeiro mandato (2003) quanto do segundo (2007), apesar de os índices daqueles anos, com os quais está sendo feita a comparação, serem de outro instituto, o Datafolha.

Contudo, a comparação é útil para se ter uma base para avaliar o patamar de aprovação da presidenta neste momento, após os primeiros movimentos de seu governo. Essa comparação deixa ver situação mais confortável de Dilma.

Em 2003 – melhor base de comparação, pois Lula ainda era uma incógnita –, o ex-presidente detinha 43% de aprovação pessoal, segundo o Datafolha; em 2007, após uma eleição difícil por conta do remanescente escândalo do mensalão, paradoxalmente Lula teve maior aprovação, de 48%. Aqui, salta aos olhos um fenômeno que se consolidaria nos anos seguintes.

A guerra que a mídia declarou a Lula durante seus oito anos, diferentemente do que se poderia imaginar não conseguiu impedir que, entre abril de 2003 e dezembro de 2010, sua aprovação pessoal praticamente dobrasse, chegando a 83% no último ano de seu governo.

RACISMO??? NÃO!!!

Em 3 assassinados, 2 são negros.
Não, nós não somos racistas


Racistas ? Quem ? Nós ?


Na pág. 12 da Carta Capital que chega hoje às bancas, Mino Carta (“A maior desgraça – três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira”); e Cynara Menezes, na pág. 24 (“Ecos da escravidão – nunca o fosso entre a segurança dos brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta”) tratam de racismo e violência.

Mino diz assim:

“Há quem pretenda que o preconceito à brasileira não é racial, é social, mas no nosso caso os qualificativos são sinônimos: o miserável nativo não é branco.”

Mino demonstra que Ronaldo, dito o Fenômeno, e mesmo Pelé, “um negro de alma branca”, se postados na calada da noite em certas esquinas do Rio e de São Paulo, seriam sumariamente conduzidos ao xilindró mais próximo.

Mino considera que a escravidão é o “mal maior da história do Brasil”.

Outro mal, o Golpe de 64, “último capítulo do enredo populista comandado por uma elite que, como diz Raymundo Faoro, quer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”.

Como se sabe, o PiG (*) apoiou o Golpe com entusiasmo.

A Folha chegou a ceder carros de reportagem para os torturadores.

Como se sabe, o PiG apoiaria qualquer outro Golpe para derrubar qualquer presidente trabalhista.

Conclui Mino:

“CartaCapital confia na ação da presidenta Dilma e acredita que seu Governo saberá dar prosseguimento às políticas postas em prática pelo antecessor e empenhar-se a fundo no seu próprio programa de erradicação da miséria.”

Cynara dá os números para Mino bater.

O racismo se adensa.

“Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%.”

“Em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura.”

“Na Paraíba, morrem 1.083% mais pretos. Em Alagoas, 974%. E, na Bahia dos blocos de Carnaval, 440%.”

Recomenda-se ardentemente a leitura do livro “Nós não somos racistas”, de Ali Kamel, o Gilberto Freyre da Globo.

Em tempo: não deixe de ler “Secretario de Justiça da Bahia associa Ali Kamel ao racismo no Brasil”.


Paulo Henrique Amorim

PARA O LIXO DA HISTÓRIA...


Nem Cervejarias apoiam apologia da embriaguês e dopagem feita pela Globo no BBB

O Big Brother Brasil, com audiência em queda livre, resolveu apelar nesta edição e liberar vodca e cerveja nas festas, fazendo apologia da embriaguez, para ver se "dopava" a audiência.

Dopando os participantes com álcool, eles tendem a rebaixar a autocrítica, perdem o bom senso em frente às câmaras, e os vexames, barracos e baixarias vem à tona, causando polêmica e audiência.

Mas essa estratégia da produção, se surtiu efeito na audiência, foi negativo, porque sobraram cenas de bêbados chatos, cambaleando e discutindo com fala enrolada, grogues.

Mas o mais curioso é que, num programa onde cada centímetro de merchandising valia ouro, no rótulo das latas estava escrito "Cerveja Big Brother", sem nenhuma marca querendo se associar aquela coisa.

A indústria de cerveja, cuja publicidade já é alvo de muita contestação e processos, percebeu que cenas de embriaguez era clara propaganda negativa.

Achou melhor não aparecer, e deixou o vexame, as baixarias, a irresponsabilidade social da apologia à embriaguez e dopagem, por conta só da TV Globo.