quarta-feira, 25 de março de 2009

OS ROLOS DO GOVERNO DESGOVERNADO...

Quarta-feira, 25 de Março de 2009


“Paiani saiu de um governo corrupto sem se envolver com a corrupção”

Rosane Paiani, esposa de Adão Paiani, enviou um email ao deputado estadual Pedro Pereira (PSDB), comentando a manifestação que este fez na tribuna da Assembléia Legislativa contra a conduta do ex-ouvidor da Segurança Pública. Na correspondência, Rosane Paiani contesta acusações feitas por Pedro Pereira e por integrantes do governo Yeda Crusius (muitas delas reproduzidas, sem questionamento, por órgãos de imprensa) e diz, entre outras coisas, que seu marido “saiu de um governo corrupto sem se envolver com a corrupção”. Reproduzimos aqui alguns dos principais trechos da mensagem:“Paiani não foi a Lajeado com carro oficial”“Em primeiro lugar, Adão Paiani não foi a Lajeado com carro oficial, como maliciosamente referiu o “ingênuo” promotor de Lajeado. Aliás, na ocasião de seu depoimento junto ao Ministério Público, Adão levou consigo cópia do pagamento de pedágio (carro oficial não paga pedágio, lembra?). O promotor de Lajeado ao dizer que meu esposo visitou-o utilizando carro oficial caiu em contradição duas vezes, informando carros muito diferentes do utilizado naquela viagem. Numa terceira tentativa, uma “testemunha” informou o modelo do carro utilizado. Mas isso ocorreu mais de uma semana depois da autoincriminação do Sr. Porto, tempo suficiente para consultas no banco de dados do Detran e verificação acerca de qual é o carro particular do advogado”. “Paiani não foi a Lajeado a procura do Sr. Porto”“Em segundo lugar, Adão não foi a Lajeado a procura do Sr. Porto. Muito pelo contrário. Adão sequer sabia que esse promotor existia! Paiani foi procurado pelo próprio promotor de Lajeado, por intermédio de um terceiro, a comparecer ao Ministério Público para conversar com o tal promotor, quando já estava praticamente pronto para retornar a Porto Alegre pois havia concluído sua missão. De boa fé, meu esposo se dirigiu ao MP e conversou com o sr. Porto”. “O Sr. Porto sabia da exoneração de meu esposo”“Na conversa, inclusive, trataram da turbulenta exoneração de Adão e teceram comentários sobre a deselegância de uma governadora que, dias depois de confirmar a recondução ao cargo, exonera servidor, via Diário Oficial, sem sequer um aviso telefônico. O Sr. Porto já sabia da condição de exonerado de meu esposo, caindo por terra sua versão de que Adão teria se apresentado “como ouvidor, a mando da governadora”. Na ocasião, falaram inclusive da causa da exoneração: uma traição de assessores da Ouvidoria que teriam anunciado ao chefe de gabinete da governadora denúncias anônimas recebidas contra ele. Isso justificaria o motivo pelo qual os 2 CCs, assessores de “confiança” do meu esposo, ainda estarem trabalhando no Palácio Piratini, ao lado de Ricardo Lied, enquanto todos os servidores da Brigada Militar e Polícia Civil que tinham vínculo de afinidade com meu esposo sofreram todos os tipos de retaliação após as denúncias apresentadas a OAB”.
Por que não houve denúncia contra Ricardo Lied?Rosane Paiani também faz uma série de questionamentos a Pedro Pereira:“Se as gravações contidas no CD foram geradas com autorização legal, por solicitação do MP, e estavam em poder do Sr. Porto (conforme a tese desse promotor) porque não houve apresentação de denúncia contra o chefe de gabinete da governadora no ano passado?”.“Por que o Sr. Porto desapareceu depois que suas versões começaram a ser colocadas em dúvida? Por que o Sr. Porto não aceitou o desafio de acareação proposto por meu esposo?”“Por que o promotor de Lajeado teria “separadinho”, num CD, gravações “irrelevantes e sem importância” em seu gabinete? Por que as gravações “irrelevantes e sem importância” preenchem perfeitamente tipos penais brasileiros? Será que o Sr. Porto recebeu ordens superiores para não apresentar denúncia contra o chefe de gabinete da governadora?” “Será que o Procurador-geral da Justiça, Mauro Renner, levou ao conhecimento da governadora as gravações “legais” onde constava seu chefe de gabinete claramente praticando ilícitos penais e recebera ordem de arquivar o material? Será que a governadora sabia disso então? Será que o Sr. Mauro Renner teria rasgado seu código funcional, seus princípios éticos e pessoais para garantir sua permanência no cargo máximo do Ministério Público Estadual?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário